sábado, 2 de outubro de 2010

Teoria Aristotélica da Beleza

               A Beleza como Harmonia e Proporção            
 
    
Aristóteles abandona o idealismo platônico, no que se refere à Beleza como em outros campos, de acordo com seu pensamento a beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação numa Beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma no mundo supra-sensível das Essências Puras. Ocorre apenas de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo.
Para Aristóteles além da forma especial de Beleza que mais interessava aos Gregos, o Belo, ainda exigia mais outras características, entre as quais as mais importantes eram certa grandeza, ou imponência, e, ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza.
Para Aristóteles as características essenciais da Beleza seriam a ordem, ou harmonia, assim como a grandeza, também influenciada pelo conceito grego de Beleza, ele se preocupa com a medida e a proporção.
Unidade e totalidade é uma referência à harmonia das partes de um todo na qual veio aportar na célebre fórmula dos Aristotélicos: “A Beleza consiste em unidade na variedade”.
A visão aristotélica do mundo é fundamental para se entender sua idéia da Beleza. Para Aristóteles, o mundo, vindo do caos, passou a ser regido por uma harmonia, mas é como se ainda restassem vestígios da desordem, é como se o mundo e os homens estivessem numa luta constante para levar adiante a vitória incompleta da harmonia sobre o caos.
O Conflito entre a Harmonia e a Desordem
Aristóteles admitia a desordem e a feiúra como elementos aptos a estimular a criação da Beleza, através da Arte. Ele teve grande uma grande contribuição para a Estética, sendo uma a de retirar a Beleza – considerada nos objetos sensíveis – da esfera ideal em que a colocara Platão, tentando, encontrar sua essência nos próprios dados das coisas.
Os pensadores antigos excluíam o Feio de suas cogitações sobre a Beleza e a Arte, considerando-o estranho ao campo estético, já para Aristóteles o feio é encarado com o uma desarmonia, o qual é incluído no campo estético.
Aspecto Subjetivo da Beleza
Não é mais no objeto que ele estuda aí, a beleza, mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador: “Beleza é aquele bem que é aprazível somente porque é bem.” Ou seja, Beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído, claro que o fundamento da filosofia de Aristóteles é realista.
Sua contribuição mais importante quanto a essa parte da essência da Beleza, foi tentar uma definição objetiva de La do ponto de vista realista e sem recorrer à outra coisa para explicá-la que não o próprio objeto.
Pontos Fundamentais do Pensamento Aristotélico.
Pode-se dizer que para Aristóteles a Beleza é uma propriedade do objeto e consiste, principalmente quando aparece como Belo, na harmonia das partes de um todo que possua grandeza e medida. Sendo as três características principais da Beleza: harmonia, grandeza e proporção. A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é a “unidade na variedade”.

Sob o ponto de vista da contemplação do sujeito, a Beleza é aquele bem que é aprazível porque é bem. A arte não é uma forma de conhecimento, a não ser que se entenda o conhecimento, aqui, como aquilo que os estetas modernos chamam de “conhecimento poético”. O mundo é regido por uma harmonia que se reencontra na Arte e no conhecimento

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